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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Com salários atrasados, médicos do Hospital Evangélico ameaçam greve


Corpo clínico do hospital se reúne na terça-feira (24) com a Secretaria Municipal de Saúde para tentar chegar a um consenso quanto aos atrasos.

Com salários atrasados há mais de cinco meses, médicos do Hospital Evangélico de Curitiba se reúnem, na terça-feira (24), com a Secretaria Municipal de Saúde, para discutir os repasses da prefeitura à unidade. Segundo o diretor clínico do hospital, José Luiz Takaki, o encontro pode ser a última tentativa de consenso. Caso não haja acordo, os médicos devem adotar medidas mais severas para forçar o atendimento. “Os médicos não aguentam mais. Se não houver um aporte de dinheiro, vamos paralisar de vez o atendimento”, afirmou Takaki.
De acordo com o diretor do Evangélico, médicos que atuam com pacientes em internação não recebem os salários há cinco meses. Os que atendem em ambulatório estão com os vencimentos atrasados há seis meses. “Não há condições de trabalhar sem receber”, resumiu Takaki. Apesar da efervescência na categoria, a negociação tem sido feita pelos próprios médicos, sem a intervenção de sindicatos ou do Conselho Regional de Medicina.
Os médicos informaram que no mês passado eles receberam a remuneração referente a novembro de 2011 e janeiro de 2012. Os salários de fevereiro, março, abril, maio e junho estão atrasados. Os profissionais não são contratados da instituição, eles trabalham como prestadores de serviços e recebem conforme produção. Na semana passada, o corpo clínico do Hospital Evangélico chegou a fazer uma paralisação de 48 horas. Apenas casos considerados urgentes foram atendidos.
Na sexta-feira (20), a Secretaria de Saúde de Curitiba antecipou o repasse de dinheiro ao Evangélico para auxiliar no pagamento de salário dos médicos. A pasta também aguarda a liberação de mais um recurso – chamado “Porta de Entrada” – do Ministério da Saúde para auxiliar a manutenção do hospital. Segundo a Secretaria, os repasses estão em dia e são estabelecidos conforme uma tabela nacional, estipulada pelo Ministério da Saúde.

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