O autor do livro “Mentira – Um Rosto de Muitas Faces” esteve ontem no “Altas Horas” (Rede Globo) de Serginho Groisman. O assunto é delicado e curioso ao mesmo tempo. Perito em crimes digitais, o curitibano Wanderson Castilho especializou-se no “Behaviour Analysis Training Institute” (Instituto de Treinamento em Análise de Comportamento) de San Diego (USA), onde são treinados os famosos agentes da CIA e do FBI.
São muitos os indícios que podem nos levar a perceber que alguém está mentindo. Mas a mudança de padrão de comportamento é uma dica básica, segundo Wanderson. É necessário deixar uma pessoa muito à vontade para que se conheça o seu ritmo e tom habituais. “Eu costumo dar um chocolatinho, oferecer uma bebida para a pessoa relaxar’, confidenciou o perito.
Claro que são muitos os sinais de ‘mentira à vista’. Mas alguns, muito conhecidos, foram citados pelo autor. Baixar o olhar enquanto conversa pode ser um dos mais óbvios. Mas atenção: os tímidos podem ser confundidos com mentirosos nesse quesito.
Segundo Castilho, as mulheres tendem a mentir mais sobre experiências tristes, que as abalaram. Os homens preferem mentir quando se trata de contar vantagens, sejam profissionais ou até mesmo sexuais. Mas isto não seria uma constatação científica, apenas uma tendência – alerta o perito.
Quanto ao objetivo do seu livro “Mentira – Um Rosto de Muitas faces” (Matrix), Wanderson acredita que os leitores poderão adquirir toda uma gama de informações para poder detectar se o seu interlocutor está ou não mentindo. Informações estas que poderão ser úteis, segundo ele, em momentos cruciais de suas vidas.
Da ‘mentirinha branda’ até a ‘mentira cabeluda’, o ser social vai tentando driblar as próprias verdades. “A mentira é um ato instintivo de preservação do ser humano”, declarara Wanderson Castilho. “Sem a mentira a sociedade entraria em colapso”, conclui o perito.
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