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quarta-feira, 28 de março de 2012

É certo alertar o motorista sobre a presença de radares nas ruas?


Daniel Caron/ Gazeta do Povo / Lombada eletrônica nas imediações do Parque Barigui: sinalização ajuda a impor cautela a motoristas, segundo moradoresLombada eletrônica nas imediações do Parque Barigui: sinalização ajuda a impor cautela a motoristas, segundo moradores
TRÂNSITO

Decisão recente do Contran desobriga o poder público de sinalizar equipamentos de fiscalização de velocidade. Em Curitiba, prefeitura e moradores acham importante avisar.

Desde a semana passada, motoristas que trafegam pela Avenida Cândido Hartmann, nas imediações do Parque Barigui, estão mais cautelosos. Em um conjunto de curvas antes da entrada do parque, um dos pontos considerados mais críticos da via, a prefeitura de Curitiba instalou uma lombada eletrônica com o intuito de reduzir o número de acidentes na região. Por enquanto o aparelho vem operando sem sinalização, em sintonia com resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que desobriga os municípios de indicarem a existência de fiscalização eletrônica. Porém, tanto a prefeitura de Curitiba quanto moradores da região concordam com a necessidade de alertar quem trafega pelo local.
Em dezembro do ano passado, o Contran aprovou uma resolução que extinguiu a obrigatoriedade de sinalização em radares e lombadas eletrônicas, tanto na área urbana quanto em rodovias. A mudança partiu de uma solicitação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), sob o argumento de que as placas de sinalização obrigatórias atrapalham o uso dos radares nas estradas, visto que os motoristas desaceleram apenas nos pontos onde estão os equipamentos.
Repercussão
Os internautas que visitaram o blogwww.gazetadopovo.com.br/blog/blogvidaecidadania/opinaram se a sinalização melhora ou piora o trânsito:
“Acaba sendo ruim, porque o motorista desrespeitoso é avisado que ali tem radar e diminui a velocidade somente na região. Depois acelera e continua com as ´barbáries´.”
Ana Santos.
“A placa informando o limite de velocidade é o mais importante. Radar é para os desatentos e espertinhos. Toda via urbana tem um limite de velocidade a se respeitar.”
Rene Augusto.
“Antes de gastarem tanto dinheiro com estes aparatos, deveriam investir em educação para o trânsito nas escolas. Assim, as crianças já aprenderiam o que é certo e o que é errado.”
Wilfried Jussen Junior.
O secretário municipal de Trân­­sito, Marcelo Araújo, informou que a lombada da Cândido Hart­­mann será sinalizada nos próximos dias, ainda que esse tipo de equipamento seja de fácil visualização. “Diferentemente do radar, a lombada eletrônica serve para que se reduza a velocidade em um ponto específico. Ali, como é um trecho sinuoso, que registra muitos acidentes por fuga da pista, quanto mais informação para o motorista, melhor”, justifica.
Sem mudanças
Segundo Araújo, o mesmo princípio será aplicado para todos os equipamentos de fiscalização eletrônica do município, sejam lom­­badas eletrônicas ou radares. “O decreto do Contran não obriga a retirada das placas de si­­na­­lização, só não obriga a sua co­­locação. Não pretendemos al­­terar a sinalização e por isso op­­tamos por não fazer a retirada”, afirmou, assegurando que ne­­nhum radar entrará em funcionamento sem sinalização.
No caso específico da Cândido Hartmann, moradores da região acreditam que a sinalização é necessária, em virtude de a lombada estar em um ponto de pouca visibilidade. “O pessoal passa correndo em um semáforo para pegar o outro aberto. Se antes houver a indicação da lombada o motorista já vai com mais cautela”, diz Maria Augusta Cavinato, proprietária de um pet shop na região. “Hoje mesmo ouvi uma freada brusca, provavelmente de alguém que não sabia da lombada”, diz Úrsula Avanço, que defende melhor sinalização.
Velocidade constante
Mestre em engenharia de transportes e consultor de segurança viária, Sérgio Ejzenberg defende a resolução que desobriga a sinalização nos pontos de fiscalização eletrônica de velocidade. Para ele, a mudança funciona como um antídoto contra os maus motoristas. “Sem a indicação de onde está a fiscalização, o condutor vai manter uma velocidade constante, tendo-se a efetiva obediência do que exige a lei”, avalia. No caso das lombadas eletrônicas, ele lembra que sua visualização é possível a até um quilômetro de distância, dispensando assim a sinalização.
Para morador, lombada não reduz acidentes
Basta conversar com quem vive na região onde foi instalada a lombada eletrônica da Avenida Cândido Hartmann para entender o porquê de implantar fiscalização de velocidade no local. Os relatos dão conta de um grande número de acidentes naquele trecho, motivados pelo excesso de velocidade aliado à sinuosidade do trecho, uma combinação fatal principalmente em dias de chuva. Mas para moradores e comerciantes, a medida não será suficiente para solucionar os problemas.
“Essa lombada foi colocada no lugar errado, deveria estar mais para cima, antes da curva. Quem vem em alta velocidade vai continuar acelerando, freando somente na lombada”, diz a empresária Maria Augusta Cavinato. De acordo com ela, os acidentes são mais frequentes em dias de chuva, quando a pista fica molhada. Muros e postes já foram derrubados, causando transtornos em toda a região. “Já perdemos dia de trabalho porque o poste foi derrubado e ficamos sem luz”, relata.
Marco Aurélio Velasco conta que já chegaram a ser registrados três acidentes em uma semana, sendo que em um deles uma motorista se chocou contra um muro e ficou presa nas ferragens. “Mesmo na subida o pessoal acelera. A diferença a partir de agora é que eles vão deixar de bater no poste para acertar a lombada”, ironiza.
De acordo com o secretário municipal de Trânsito, Marcelo Araújo, o local da lombada foi escolhido justamente por ser o que oferece mais risco em toda a avenida. “Nós acreditamos que com a fiscalização eletrônica os motoristas vão reduzir a velocidade média, não apenas na lombada”, afirma.

2 comentários:

3°A disse...

Bom eu acho que é errado pois, intervem por um lado, mas nao adianta alertar aqui e a 4 metros que passar, voltar a tornar a velocidade alta.

Prof. Anderson Ferreira disse...

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