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sexta-feira, 30 de março de 2012

UFPR muda um livro da lista


Peça teatral do século 19 passa a fazer parte das leituras exigidas.

Obras literárias exigidas no vestibular da UFPR 2012/2013

A maior parte dos links associados às obras se refere à análise feita por professores de cursinhos no ano passado:
Anjo Negro, de Nelson Rodrigues
Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector
Inocência, de Visconde de Taunay (Alfredo d’Escragnolle Taunay)
Luciola, de José de Alencar
Os Dois ou o Inglês Maquinista, de Luís Carlos Martins Pena
O Bom Crioulo, de Adolfo Caminha
Poemas Escolhidos, de Gregório de Matos (organização de José Miguel Wisnik)
Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles
São Bernardo, de Graciliano Ramos
Urupês, de Monteiro Lobato

  • Há apenas uma mudança na lista de livros que podem ser cobrados no próximo vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR). SaiNovas diretrizes em tempos de paz, de Bosco Brasil, e entra Os Dois ou o Inglês Maquinista, de Luís Carlos Martins Pena. A relação com as obras foi divulgada na última semana.
A troca foi feita entre duas peças teatrais curtas e de fácil leitura. A obra de um renomado dramaturgo contemporâneo foi substituída por um texto de um dos principais romancistas do século 19. Martins Pena é destacado por comédias sobre costumes brasileiros.
Os Dois ou o... passa-se no Rio de Janeiro de 1842 e relata os encontros e desencontros de personagens que querem se dar bem à custa dos outros. Fazem parte do roteiro homens interessados no valioso dote de uma jovem, uma suposta viúva que não quer ficar sozinha, um estrangeiro que diz ter o segredo para transformar osso em açúcar. Toda a história se desenrola na sala de uma casa e retrata com ironia costumes da sociedade escravocrata brasileira.
“Não gostei da mudança porque Novas Diretrizes é ótima. Os alunos gostavam de ler.Os Dois é uma peça boa. É bem satírica. Queria que fosse mais atual. Acredito que seja a obra mais bem escrita de Martins Pena, que, depois de Nelson Rodrigues, é o maior dramaturgo brasileiro”, opina o professor de Literatura Élio Antunes, do curso Expoente.

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