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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Audição: cuide deste sentido



Mel Gabardo / Gazeta do Povo
Mel Gabardo / Gazeta do Povo / Helena de Godoy Correa escuta apenas do lado direito, por causa de uma infecção na infância: problema exige cuidado redobrado com a audiçãoHelena de Godoy Correa escuta apenas do lado direito, por causa de uma infecção na infância: problema exige cuidado redobrado com a audição
SAÚDE

A ciência está vencendo a batalha contra a surdez, mas a prevenção é a melhor arma para evitar a perda auditiva.

Diferente do tradicional teste de letrinhas, check up dos olhos considerado obrigatório pela maioria das pessoas, a avaliação da audição normalmente é relegada a um segundo plano na lista de prioridades da saúde.
O problema é que, ao contrário da visão, em que a própria pessoa descobre que algo está errado, a deficiência auditiva geralmente só é percebida por outras pessoas. “O indivíduo vai se adaptando e não sente que está perdendo a audição”, alerta o médico Rogério Hamerschmidt, professor de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Fique atento
Confira os principais sintomas de quem sofre de perda auditiva:
- Pede para o outro falar várias vezes ou isola-se socialmente.
- Dificuldade para ouvir em ambientes barulhentos.
- Zumbidos, chiados ou apitos no ouvido.
- Aumenta o volume da tevê e rádio.
- Sensação de ouvido tampado, pressão e estalos no ouvido.
- Irritabilidade.
- Finge que entendeu o que foi conversado, tendo dificuldade em admitir a perda auditiva e procurar ajuda.
- Evita situações comunicativas.
- Dificuldade de ouvir ao telefone.
Para prevenir danos ao sistema de audição, é preciso tomar alguns cuidados. Hamerschmidt recomenda, por exemplo, bom senso no uso de aparelhos de som com fones de ouvido e na frequência a festas fechadas com músicas em volume muito alto. Segundo ele, se muito repetitivas, essas duas situações podem causar perda irreversível de audição.
O otorrinolaringologista Rafael Souza Moraes indica o uso de fones com intensidade sonora compatível com a saúde auditiva. “Ajuste o volume em um local silencioso e, ao permanecer em locais mais barulhentos, resista à tentação de elevar o volume”, afirma. Moraes recomenda ainda que se use fones que cubram toda a orelha, pois fazem uma melhor vedação e bloqueiam os ruídos externos.
Evitar som alto em locais fechados, como dentro de casa, automóveis e salas de ginástica, também é uma atitude preventiva, acrescenta o otorrinolaringologista Luiz Carlos Sava, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). E quem já sofre de problemas auditivos precisa tomar cuidados redobrados. É o caso da estudante Helena de Godoy Correa, 16 anos, que escuta apenas do lado direito, por causa de uma infecção no ouvido esquerdo na infância. “Fui orientada, por exemplo, a sempre colocar um volume médio no MP3”, conta.
O otorrinolaringologista Rafael Souza Moraes lembra ainda da importância dos exames periódicos, medidas de tratamento e controle dos fatores de riscos associados. Nos casos de surdez em que há o prejuízo na comunicação, o profissional aconselha a adoção de aparelhos auditivos.
Mas, por mais que tomemos todos os cuidados necessários, o envelhecimento é implacável com a audição. A perda da capacidade auditiva com o passar do tempo se chama presbiacusia e tem início a partir da quinta década de vida, salienta Moraes.

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