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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Início das aulas na UFPR é marcado por clima de readaptação


Henry Milleo / Gazeta do Povo / Para Caio Henrique, do curso de Ciências Sociais, as reivindicações que causaram a greve dos professores são legítimasPara Caio Henrique, do curso de Ciências Sociais, as reivindicações que causaram a greve dos professores são legítimas
RETOMADA AO TRABALHO

Início das aulas na UFPR é marcado por clima de readaptação

Muitos professores retomaram as atividades acadêmicas explicando como funcionará o novo calendário.
O primeiro dia de aulas na Universidade Federal do Paraná (UFPR), após quatro meses em greve, nesta terça-feira (18), foi de readaptação. Os campi não estavam cheios como de costume, mas muitos professores estiveram em sala e não houve nenhuma reclamação formal quanto à falta de aulas, segundo informou a assessoria de imprensa da instituição. Para alguns alunos, contudo, o novo calendário ainda causa confusão e há ainda aqueles que estão aguardando a comunicação formal dos professores via e-mail para confirmar o retorno. “Disseram que não seríamos obrigados a ir para a aula até que o calendário fosse oficial e uma professora minha se comprometeu a avisar por escrito”, afirmou a estudante de Letras, Bruna Sandrini, de 24 anos.
Na Reitoria, alguns cursos retomaram os conteúdos do primeiro semestre e muitos professores explicaram como funcionará o novo calendário. “Os professores têm autonomia para organizar seus conteúdos e a conversa de hoje cedo foi para podermos ajeitar as próximas aulas”, contou Mariana Parmigiane, de 20 anos, aluna do curso de Pedagogia, que mescla conteúdos semestrais e anuais. A preocupação da estudante é em relação ao estágio nas escolas, já que a matéria pertence ao segundo semestre, que vai começar em meados de outubro. “Nesse período as escolas estão quase em férias e não sabemos como será. Mas em relação ao nosso aprendizado, acho que tudo vai dar certo”, comenta. No campus Juvevê, onde funciona o curso de Comunicação Social, a estudante de Publicidade e Propaganda, Steffania Okido, de 20 anos, disse o movimento foi normal e que os professores continuaram o conteúdo de onde pararam antes da greve.

Os alunos entrevistados na Reitoria se mostraram favoráveis à greve. De acordo com eles, esse é uma situação que precisa existir para que os professores consigam melhores condições de trabalho. “Para mim as reivindicações são legítimas e a greve só teve fim pelo desgaste causado pelo próprio governo em não atender os servidores. Vai ser mais corrido, mas esse é o único jeito de concluirmos o semestre”, afirmou Caio Henrique, de 23 anos, estudante do curso de Ciências Sociais. Tiago Roks, de 25 anos, aluno do mesmo curso, se mostrou preocupado com os colegas que precisarão do certificado e que podem não conseguir retirar o documento a tempo para os concursos públicos.Balanço
Histórico
A greve nacional dos professores começou em 17 de maio e teve seu fim oficial anunciado neste domingo (16), pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). A paralisação, que chegou a reunir 57 das 59 universidades federais do país, perdeu força nas últimas semanas, quando o governo reafirmou que não iria mais negociar com os docentes e mais da metade das instituições resolveu retomar as atividades.
Na UFPR, a suspensão da greve foi decidida antes, na última quinta-feira (13), quando a maioria dos 400 docentes participantes de uma assembleia sindical no Teatro da Reitoria votou pelo fim da paralisação a partir desta segunda.

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