Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
Casa na Rua Buenos Aires é um dos três primeiros imóveis que começaram a ser demolidos para as obras na ArenaImóveis vizinhos à Arena começam a ser demolidos
Três casas no entorno são as primeiras desmanchadas para as obras de adequação no estádio para a Copa de 2014.
Ao todo, 16 terrenos vizinhos ao estádio do Atlético foram incluídos no projeto. Destes, os proprietários de 12 entraram em acordo com a prefeitura de Curitiba para a desapropriação.
“As coisas estão caminhando, dentro da maior legalidade possível”, afirma Luiz de Carvalho, secretário municipal para Assuntos da Copa.
Os quatro restantes optaram por discutir a saída do imóvel na Justiça. Isso não quer dizer que os proprietários poderão permanecer no local. A via judicial foi tomada para contestar os valores de indenização que foram atribuídos pelo município para a transmissão de posse dos terrenos.
No dia 11 de junho o Tribunal de Justiça do Paraná indeferiu em primeira instância liminar a favor dos moradores. Os clientes ainda aguardam o julgamento em primeiro grau de um mandado de segurança contra o decreto que prevê as desapropriações, bem como o julgamento – este em segundo grau – da decisão que indeferiu a liminar. Há ainda três ações de desapropriação esperando avaliação judicial.
Contrapartida
O município gastará cerca de R$ 12,5 milhões nas desapropriações dos terrenos ao redor da Arena. O valor, no entanto, deve ser ressarcido pelo Atlético na forma de imóveis equivalentes a 6.300 m² até dezembro de 2014.
No primeiro convênio não estava bem explicado qual seria a contrapartida do clube, que terá os espaços incorporados ao seu patrimônio. Somente atendendo a uma recomendação do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR), Rubro-Negro e prefeitura assinaram um novo acordo em junho aumentando a compensação pela desapropriação dos 16 terrenos.
A medida foi tomada depois que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) emitiu parecer favorável ao posicionamento de seis proprietários que impetraram mandado de segurança na Justiça solicitando a anulação do decreto municipal de desapropriação. O parecer não é vinculante à ação, ou seja, só tem valor opinativo.
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