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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PA: professora de universidade é investigada por crime de racismo


A educadora, que teria ofendido o segurança, dá aulas de ciências das religiões afro-brasileiras e tem doutorado em antropologia.


A polícia de Belém está investigando uma professora universitária suspeita de atitude racista contra um segurança. Rubens trabalha como vigilante em um prédio da Universidade Estadual do Pará.
O segurança disse que impediu a entrada de dois alunos pela portaria, depois de receber uma ordem da direção para não deixar ninguém entrar por ali no turno da noite. Os estudantes chamaram a professora Daniela Cordovil, que estava dentro da universidade. O segurança disse que foi ofendido pela professora, que ficou irritada com a proibição. “Ela veio por dentro da universidade, chegou até a mim e me xingou, me chamou de macaco, de idiota, de guarda vestido de palhaço”, revela Rubens dos Santos.
Um estudante gravou imagens da confusão com o celular.
Aluno: A senhora o chamou de macaco, foi isso?
Daniela Cordovil: 
Palhaço, tu é um macaco também, tu é um imbecil.
Aluno:
 Eu sou um macaco? Imbecil?
Daniela Cordovil:
 É um macaco, vai chamar de crime agora?
O caso foi parar na delegacia. A polícia registrou um termo de ocorrência por injúria racial e encaminhou à justiça, que vai ouvir o segurança e a professora. Se Daniela for condenada, a pena é de até três anos de prisão e multa, que podem ser convertidas em pagamento de indenização e prestação de serviços comunitários.

“Se ela falou alguma coisa contra alguém, você sabe que em um momento de raiva você fala alguma coisa que não se deveria falar. Então, no momento, ela vai se reservar ao direito de só falar em juízo”, afirmou Claudiomar Cardoso, advogado da professora.
A professora, que teria ofendido o segurança, dá aulas de ciências das religiões afro-brasileiras e tem doutorado em antropologia. Além de ser ouvida pela justiça, Daniela também deverá prestar esclarecimentos à Universidade Estadual do Pará, que lamentou o incidente e informou que vai apurar o caso.

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