Tempestade solar se aproxima da Terra e pode afetar equipamentos
07 de março de 2012 | 21h 06
Uma forte tempestade geomagnética originária do Sol deve
chegar na quinta-feira à Terra, onde pode afetar redes elétricas,
transportes aéreos e aparelhos de GPS, segundo especialistas
norte-americanos.
A tempestade - uma gigantesca nuvem de partículas expelida pelo Sol a
cerca de 7,2 milhões de quilômetros por hora - foi provocada por duas
erupções solares, de acordo com os cientistas.
Essa é provavelmente a mais violenta tempestade solar em quase seis
anos, superando uma semelhante no final de janeiro, segundo Joseph
Kunches, um "meteorologista espacial" que trabalha na Administração
Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).
A perturbação solar, segundo Kunches, tem três estágios, dos quais
dois já estão afetando a Terra.
Primeiro, duas labaredas solares, movendo-se quase à velocidade da
luz, chegaram à Terra, na noite de terça-feira. Elas podem afetar
transmissões de rádio.
Em seguida, a radiação solar atingiu, na quarta-feira, o campo
magnético terrestre, com possível impacto sobre o tráfego aéreo,
especialmente perto dos polos. Satélites e astronautas em caminhadas
espaciais também estão sujeitos aos efeitos dessa fase, que pode durar
vários dias.
Finalmente, a nuvem de plasma emitida pela ejeção de massa coronal -
que é basicamente um pedaço grande da atmosfera solar - deve chegar na
manhã de quinta-feira à Terra.
Essa fase pode afetar o funcionamento de redes elétricas, satélites,
oleodutos de GPSs de alta precisão usados em certas operações
petrolíferas e agrícolas, segundo os cientistas.
O GPS comum, como o dos carros, não deve ser afetado, segundo Doug Biesiecker, da NOAA.
Kunches disse que o componente geomagnético da tempestade pode se
antecipar um pouco por ocorrer logo depois de uma tempestade anterior,
que saiu do Sol no domingo e está atualmente castigando a magnetosfera
terrestre.
"Quando você já teve uma tempestade de ejeção de massa coronal, às
vezes a próxima tempestade de ejeção de massa coronal é mais rápida em
chegar aqui", disse Kunches.
As tempestades podem produzir vívidas auroras polares. No Hemisfério
Norte, o fenômeno poderia ser visto até em latitudes médias, como em
Nova York.
Cientistas dizem que o Sol está numa fase de atividade ascendente no
seu ciclo de 11 anos, e o pico está previsto para 2012.
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