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sábado, 3 de março de 2012

Dois homens registram bebê fertilizado in vitro

Casal de PE é o primeiro a usufruir do direito de dividir a paternidade de uma criança gerada nessas condições, sem necessidade de ação judicial

03 de março de 2012 | 3h 06

ANGELA LACERDA / RECIFE - O Estado de S.Paulo
Pela primeira vez no Brasil, uma criança gerada por fertilização in vitro foi registrada como filha de dois homens. Um deles é o pai biológico, o óvulo foi de uma doadora anônima e a gestação ocorreu no útero de uma prima - que assinou uma escritura pública abdicando de qualquer direito sobre a criança.
Os empresários Maílton Alves Albuquerque, de 35 anos, e Wilson Alves Albuquerque, de 40, registraram como filha Maria Tereza Alves Albuquerque, de 1 mês, na terça-feira passada, no Recife. O juiz da Primeira Vara de Família, Clicério Bezerra e Silva, autorizou o registro com base nos princípios da Constituição Federal: igualdade, dignidade da pessoa humana, não discriminação por raça, sexo ou cor e livre planejamento familiar. É o mesmo juiz que em agosto passado transformou a união estável entre os dois em casamento civil.
Juntos há 15 anos, Maílton e Wilson estão empolgados com a concretização do sonho de formar uma família. Os pré-embriões fecundados por Wilson - ambos cederam espermatozoides para serem fecundados - foram congelados e deverão ser gerados no próximo ano. "Queremos dar um irmão para Maria Tereza", afirmou Maílton.
Ele diz querer que "o nosso caso seja um marco, queremos que o Brasil saiba que há uma nova família em formação no País".
Inspiração. Maílton esteve no Canadá em 2010 e conheceu um casal de homens com três filhos. Todos eles gerados pelo método da fertilização in vitro. Impressionado, ele perguntou se as crianças não enfrentavam discriminação na escola e ouviu a resposta de que no Canadá a família pode ter pai e mãe, pai e pai e mãe e mãe.
Com a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), de 6 de janeiro do ano passado, que permite a reprodução assistida no País "por todas as pessoas capazes", Maílton e Wilson decidiram seguir o exemplo dos amigos canadenses.
"Maria Tereza vai enfrentar uma situação diferente. O Brasil não é o Canadá, mas é um grande avanço e o que importa é que ela vai crescer cheia de amor", destacou o pai biológico. "Ela vai abrir caminhos e queremos que nossa filha seja respeitada e respeite as diferenças."
Eles contam com o apoio das famílias e se preparam agora para batizar Maria Tereza na Igreja Episcopal, que frequentam.

2 comentários:

Anônimo disse...

'No Brasil, essa situação é muito descriminada, eu vejo por um lado errado essa descriminação, pois acho que todos tem o direito de poder formar uma família, ter um lar, aonde possam desfrutar de todos as atividades feitas por uma família normal. Por outro lado, vejo essa situação, muito delicada, pois ao mesmo tempo que um casal de homossexual decide ter uma vida a dois legalmente já gera muito discussão por conta da sociedade, agora pense, um casal de homossexual adotar uma criança?
Temos que pensar no futuro dessa criança, não basta só falar, sabemos que ela terá dificuldade na infância e sofrerá um pouco, temos que ver o quanto ela será descriminada pela própria sociedade, por ter dois pais ou duas mães, como explicar isso para a criança. Além do mais, a criança irá crescer vendo que é algo normal ter um relacionamento entre sexos iguais, irá fazer com que a criança já cresça com esse ponto de vista, de que se ela quiser ficar com um pessoa do mesmo sexo será normal, pois aprendeu isso dentro da própria casa.
Outro questão que podemos abrotar nesse assunto, é uma questão religiosa, aonde os religiosos, criticam dizendo, que Deus criou apenas dois sexos, masculino e feminino, sendo assim, podendo formar uma família, em meios naturais. Mais também a ciência entra criticando os religiosos, afirmando que podem sim usar outros meios a não ser o natural, para poder formar uma família para aqueles que não tem como obter em métodos naturais.
Como podemos perceber esse assunto é extremamente polêmico, e muito pessoal, cada um carrega a sua opinião sobre o caso, no qual a minha opinião é de que devemos usufruir a unica forma adequada de se formar uma família, no qual as crianças desde pequenas deve ser educadas para saber que o certo é uma pessoa de cada sexo, para poder formar uma família, assim não é necessário sofrer por descriminação e a criança não sofre por haver uma família diferenciada das crianças de sua idade.''


Stephani Coelho nº 28 3ªA
Data: 22.03.2012 22:51

Prof. Anderson Ferreira disse...

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