Educação
Aniele Nascimento / Gazeta do Povo
A sacola desenvolvida por Matheus Padilha e Adriana Guetter causa menos impacto ambiental por ser feita com cola escolar solúvel e atóxica Mentes brilhantes na sala de aula
Alunos da educação básica desenvolvem projetos inovadores capazes de solucionar grandes problemas. O Paraná levará 19 trabalhos para a maior feira de ciências do país
A poluição provocada por sacolas plásticas é um problema ambiental que desperta a atenção de vários setores da sociedade. Com tanta gente envolvida e diversas propostas apresentadas, difícil imaginar que uma solução viável para esse desafio seria desenvolvida por alunos da educação básica. Matheus Padilha e Adriana Guetter, ambos com 15 anos, não se intimidaram diante do macroproblema e elaboraram o protótipo de uma sacola feita de cola escolar – atóxica e solúvel em água – tão resistente quanto os modelos convencionais.
O experimento, desenvolvido em 2011, quando a dupla do Colégio Positivo ainda estava no 9.º ano, será um dos 19 projetos paranaenses apresentados a partir de hoje na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior do país e ponte para feiras internacionais.
O professor Fabio Luiz Ferreira Bruschi, responsável pela área de iniciação científica no Colégio Interativa, de Londrina, acompanha estudantes até a Febrace desde 2006. Neste ano, ele é o orientador de cinco equipes. Fascinado pelo ensino do método científico, ele diz que jovens estudantes não podem ser subestimados na execução de pesquisas. “Tenho alunos que superam universitários no desenvolvimento dos trabalhos e no rigor dos experimentos”, afirma.
Para Bruschi, a iniciação científica é um excelente motivador de competências, podendo despertar o gosto pela pesquisa até nos alunos menos estudiosos. “Com a iniciação científica, ele pode focar suas atenções naquilo que gosta e aprender num instante a buscar informação, a filtrar o essencial e a cumprir o cronograma.”
Segundo a professora Irinéia Inês Scota, orientadora dos projetos de três equipes do Colégio Positivo, o estudante que tem contato com métodos de investigação científica desde a educação básica chega à universidade muito mais preparado. “Tive alunos tímidos que saíram da feira com a oralidade incrivelmente desenvolvida de tanto explicar e responder a perguntas”, conta.
O gosto pela investigação também é citado por Matheus, um dos criadores da sacola de cola, como principal razão para participar de feiras como a Febrace. “Gosto de pesquisar. É bom descobrir coisas novas que podem ser úteis para as outras pessoas”, diz o jovem cientista, que participa do evento pela segunda vez. No ano passado, ele competiu com um projeto sobre energia eólica.
Febrace
Em sua 10.ª edição, o evento promovido anualmente pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da Universidade de São Paulo segue até quinta-feira e contará com um total de 325 projetos desenvolvidos por 745 jovens talentos vindos de escolas públicas e privadas de ensino fundamental (8.º e 9.º anos), médio e técnico de todas as regiões do país. Inovação é a palavra de ordem para os participantes e o rigor na avaliação é compatível ao de competições acadêmicas.
Neste ano, 1.505 trabalhos foram inscritos e passaram pelo crivo de feiras de ciências regionais afiliadas, que selecionaram as pesquisas mais viáveis e bem fundamentadas para a etapa nacional. Os autores dos melhores trabalhos da Febrace ganharão medalhas, bolsas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), certificados e estágios. Entre os finalistas, nove estudantes serão selecionados para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel Isef), considerada a mais influente feira estudantil do mundo, que neste ano ocorre em Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Inovação, saúde e sustentabilidade
Conheça quatro trabalhos orientados pelo professor Fabio Luiz Ferreira Bruschi, do Colégio Interativa, de Londrina, que participarão da Febrace 2012:
O experimento, desenvolvido em 2011, quando a dupla do Colégio Positivo ainda estava no 9.º ano, será um dos 19 projetos paranaenses apresentados a partir de hoje na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior do país e ponte para feiras internacionais.
O professor Fabio Luiz Ferreira Bruschi, responsável pela área de iniciação científica no Colégio Interativa, de Londrina, acompanha estudantes até a Febrace desde 2006. Neste ano, ele é o orientador de cinco equipes. Fascinado pelo ensino do método científico, ele diz que jovens estudantes não podem ser subestimados na execução de pesquisas. “Tenho alunos que superam universitários no desenvolvimento dos trabalhos e no rigor dos experimentos”, afirma.
Para Bruschi, a iniciação científica é um excelente motivador de competências, podendo despertar o gosto pela pesquisa até nos alunos menos estudiosos. “Com a iniciação científica, ele pode focar suas atenções naquilo que gosta e aprender num instante a buscar informação, a filtrar o essencial e a cumprir o cronograma.”
Segundo a professora Irinéia Inês Scota, orientadora dos projetos de três equipes do Colégio Positivo, o estudante que tem contato com métodos de investigação científica desde a educação básica chega à universidade muito mais preparado. “Tive alunos tímidos que saíram da feira com a oralidade incrivelmente desenvolvida de tanto explicar e responder a perguntas”, conta.
O gosto pela investigação também é citado por Matheus, um dos criadores da sacola de cola, como principal razão para participar de feiras como a Febrace. “Gosto de pesquisar. É bom descobrir coisas novas que podem ser úteis para as outras pessoas”, diz o jovem cientista, que participa do evento pela segunda vez. No ano passado, ele competiu com um projeto sobre energia eólica.
Febrace
Em sua 10.ª edição, o evento promovido anualmente pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da Universidade de São Paulo segue até quinta-feira e contará com um total de 325 projetos desenvolvidos por 745 jovens talentos vindos de escolas públicas e privadas de ensino fundamental (8.º e 9.º anos), médio e técnico de todas as regiões do país. Inovação é a palavra de ordem para os participantes e o rigor na avaliação é compatível ao de competições acadêmicas.
Neste ano, 1.505 trabalhos foram inscritos e passaram pelo crivo de feiras de ciências regionais afiliadas, que selecionaram as pesquisas mais viáveis e bem fundamentadas para a etapa nacional. Os autores dos melhores trabalhos da Febrace ganharão medalhas, bolsas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), certificados e estágios. Entre os finalistas, nove estudantes serão selecionados para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel Isef), considerada a mais influente feira estudantil do mundo, que neste ano ocorre em Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Inovação, saúde e sustentabilidade
Conheça quatro trabalhos orientados pelo professor Fabio Luiz Ferreira Bruschi, do Colégio Interativa, de Londrina, que participarão da Febrace 2012:
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