05 de março de 2012 | 11h 26
Sozinho, um menino viveu nas ruas de Moscou entre os
quatro e os seis anos. Nesse meio tempo, sua única companhia era um
bando de cães, que o acompanhava aonde quer que ele fosse. A história é
verídica e foi nela que a britânica Hatie Naylor se inspirou para
escrever a peça Ivan e os Cachorros. Em entrevista à reportagem, a
dramaturga falou sobre seu processo para criar a obra, que foi concebida
originalmente para o rádio. Depois de ser transmitido pela BBC, o texto
chegou aos palcos de Londres, Nova York e, agora, merece uma versão
brasileira, dirigida por Fernando Villar.
- Qual a diferença entre compor uma peça para o rádio e escrever para o teatro?
- Há muitas diferenças técnicas. Você tem que ser muito mais claro no
rádio. Até porque é muito mais fácil perder algo se você está apenas
ouvindo, sem ver. As cenas também podem ser muito mais curtas no rádio e
começarem no meio, o que é mais difícil no teatro.
- Ivan e os Cachorros conquistou importantes prêmios. Qual é, na sua opinião, a causa dessa boa acolhida?
- Acho que é a história que ressoa. Todos nós imaginamos uma comunhão
possível entre homens e animais. E Ivan conquistou justamente isso.
- Na peça, você se vale de uma história verídica como inspiração. O que a levou a eleger esse episódio como tema?
- Muitas razões, mas talvez o principal motivo seja a experiência do
selvagem em uma paisagem urbana. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
IVAN E OS CACHORROS - Cultura Inglesa. R. Dep. Lacerda Franco, 333. 3814-0100. Sáb. e dom.: 20h30. Ingr.: R$ 20. Até 1º/4
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