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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Policiais e bombeiros em cadeiras de rodas. O que isso pode trazer para a segurança pública?


Durante os dias 26 e 27 de abril, sessenta policiais e bombeiros que atuam na capital e Região Metropolitana de Curitiba participaram do primeiro curso de acessibilidade específico para policiais militares, organizado pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência. De acordo com a Secretaria, o curso é inédito no país.

Eu gostei da ideia, mas ela me fez coçar a cabeça.

Valdecir Galor/SMCS
Valdecir Galor/SMCS / Em exercício, policiais e bombeiros usam cadeira de rodas. A foto é de Valdecir Galor e está na página da Prefeitura Municipal de CuritibaEm exercício, policiais e bombeiros usam cadeira de rodas. A foto é de Valdecir Galor e está na página da Prefeitura Municipal de Curitiba
A vivência foi dividida em teoria e prática. No primeiro dia os participantes tiveram contato com conceitos a respeito das diversas dimensões da acessibilidade e suas características, como mobilidade, amputações, audição, visão, lesões musculares, paralisia cerebral e baixo funcionamento cerebral.
O momento prático foi pautado por atividades que fizeram com que os policiais e bombeiros experimentassem os limites de uma pessoa com deficiência. Eles jogaram bola com os olhos vendados, usaram bengalas, cadeiras de rodas e imobilizaram seus braços. Tudo isso em um ambiente controlado, dentro do espaço onde o curso foi ministrado.
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, o objetivo da ação foi sensibilizar as corporações para a inclusão e oferecer ferramentas para que uma abordagem mais adequada à pessoa com deficiência seja realizada.
Um curso como esse, com esse propósito e no contexto atual vale a pena ser debatido. A primeira pergunta que quero lançar tem a ver com a abordagem realizada hoje pela polícia e pelos bombeiros. Eu, infelizmente, não tenho uma história minha para compartilhar, mas adoraria saber de quem tem. 

Você é deficiente e tem uma história de abordagem policial, ou dos bombeiros para contar? Alguém conhece uma história sobre isso?
A imagem da Polícia Militar passa por um momento de abalo significativo, que tem raízes justamente no relacionamento entre policiais e a sociedade civil. O ano de 2012 foi palco de episódios históricos (e nem um pouco memoráveis), sendo que um deles foi em Curitiba mesmo, bem perto de nós.
Diferentes equipes da polícia curitibana tiveram uma atuação controversa e polêmica após a apresentação do bloco pré-carnavalesco Garibaldis e Sacis, no Largo da Ordem, em fevereiro deste ano. Após um suposto ato de vandalismo contra uma viatura, policiais da Rone começaram a dispersar a multidão. Eles desceram pelo Largo da Ordem, disparando balas de borracha e bombas de gás nos foliões. Para saber mais, clique aqui.
Entre março e abril tivemos um momento de respiro na relação entre a polícia e sociedade. A instalação da primeira Unidade Paraná Seguro (UPS), no bairro do Uberaba foi marcada por um processo tranquilo, aprovado pela comunidade, como mostra o vídeo produzido também pelaGazeta do Povo.
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VIDA E CIDADANIA | 2:20

Moradores aprovam ação policial no primeiro dia da UPS

Cerca de 450 policiais participaram de uma ação na região do bairro Uberaba, em Curitiba, nesta quarta-feira (01). Moradores eram revistados ao chegar e ao sair do bairro. A Unidade Paraná Seguro (UPS) pretende pacificar regiões violentas da capital.

Mãe de óctuplos declara falência nos Estados Unidos


AFP / Nadya SulemanNadya Suleman
DÍVIDA DE US$ 1 MILHÃO

Suleman recorreu ao Capítulo 7 da Lei de Falências dos EUA para obter proteção legal frente a seus credores e "começar do zero", segundo declarou.

Nadya Suleman, a mulher de 36 anos que se tornou famosa em 2009 após dar à luz a óctuplos nos Estados Unidos, declarou falência por não poder lidar com um conjunto de dívidas que chegam a US$ 1 milhão, informou a "E! News".

Suleman recorreu ao Capítulo 7 da Lei de Falências dos EUA para obter proteção legal frente a seus credores e "começar do zero", segundo declarou.
"Tive que tomar decisões difíceis. Tenho que fazer o que é melhor para meus filhos", disse Suleman, cujos bens declarados chegam a US$ 50 mil.
A mulher é mãe de 14 filhos - já tinha seis quando teve os óctuplos - e recentemente posou nua para uma revista em troca de US$ 8 mil, embora no passado já tenha recebido uma oferta para inclusive protagonizar um vídeo pornográfico em troca de pagar a hipoteca de sua casa.
Atualmente, a casa onde Suleman mora com seus 14 filhos, situada no condado de Orange, no sul da Califórnia, está à espera de ser leiloada após um embargo por falta de pagamento das mensalidades. O leilão será realizado no dia 7 de maio.
Nadya Suleman se submeteu a um tratamento de fertilidade que a transformou em mãe de óctuplos em janeiro de 2009, o que imediatamente provocou um tremendo interesse midiático nos EUA pelo êxito clínico e abriu um debate sobre a ética da reprodução assistida.
Suleman já tinha sido mãe de seis crianças por fecundação in vitro, e quando voltou a ficar grávida já se encontrava em uma delicada situação econômica.
O parto de óctuplos concedeu um status de estrela midiática a Suleman, e inclusive lhe permitiu protagonizar seu próprio programa de televisão.

Dia do Trablho



O Dia do Trabalho é uma data universal.
Comemorado no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade americana de Chicago.

Milhares de trabalhadores protestavam contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias). A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos dos manifestantes com a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes. As manifestações e os protestos realizados pelos trabalhadores ficaram conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Em 20 de junho de 1889, em Paris, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para, assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.

Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920. No Brasil, a data foi consolidada em 1924 no governo de Artur Bernardes. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nessa data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.

O segredo da vida longa está nos genes


Edoardo Boncinelli, geneticista e professor na Università Vita-Salute San Raffaele, na Itália.

Após 40 anos estudando Gené­­tica, o italiano Edoardo Bon­ci­nelli, 70 anos, decidiu escrever livros para explicar aos leigos o que acontece no campo da biomedicina. Na sua mais recente publicação, Carta a um menino que viverá 100 anos – como a ciência nos fará (quase) imortais, o professor fala sobre o envelhecimento.
Boncinelli afirma que os jovens poderão, sim, chegar aos 100 anos. Ele baseia sua afirmação na resposta dada por ele mesmo a duas perguntas: por que envelhecemos e como envelhecemos. Segundo ele, depois que passamos da idade reprodutiva, a natureza “se esquece de nós”, pois ela só está preocupada com a procriação.
O envelhecimento acontece porque o corpo humano funciona como uma máquina e, como tal, nela ocorrem erros. Para consertá-los, existe um mecanismo de autorreparação que vai perdendo sua eficiência. “Portanto, depois de uma certa idade, 30 ou 40 anos, nosso corpo se enche de falhas. Envelhecimento é uma acumulação progressiva de grandes e pequenos erros em todas as partes do corpo”, falou o geneticista a uma plateia de estudantes na PUCPR, em Curitiba, em 20 de abril.
De acordo com ele, a chave da vida longa estaria na manipulação genética e na melhoria dos tratamentos para as pessoas da terceira idade. Isso porque o mecanismo de autorregulação é controlado pelos genes e já se sabe como eles funcionam. “Nós hoje, estudando moscas e vermes, podemos modificar esses genes. Alongando a vida deles em quatro, cinco e até dez vezes”, explica. Ele conta que no homem isso ainda não foi feito porque, em 1975, os cientistas responsáveis pelos experimentos decidiram não fazê-lo. “Porém o tempo passou, as técnicas melhoraram e, provavelmente, alguma coisa do gênero acontecerá num futuro próximo. Os jovens quase certamente vão vivenciar uma época em que os genes vão ser modificados.”
Além disso, ele aborda temas polêmicos, como a manipulação de embriões para verificar se há doenças genéticas. Quando perguntado se a prática de selecionar esses embriões não poderia ser considerada como eugenia, o professor prefere se esquivar. “Alguns dirão que sim. Outros que não.”
Nos últimos 100 anos, a vida média tem aumentado. Até que idade o senhor acredita que o corpo humano é capaz de chegar?
É difícil responder a essa questão. Porém, se relacionarmos nossa espécie a outras, podemos calcular que 120 anos é um objetivo razoável. Antes não era possível porque a vida nos fazia cair sempre em armadilhas. Mas agora que aprendemos a lidar com a maioria delas, eu diria que 120 anos é o limite biológico.
Se as pessoas poderão viver até os 120 anos com o aprimoramento genético, como seria o processo de envelhecimento? Há como reverter o processo de perda de capacidades motoras e mentais?
Se modificarmos os genes, tudo muda. A vida muda, mas também a juventude. Não sei se faremos, mas, se fizermos, abrimos esse horizonte. Hoje não. Hoje temos esse alongamento, mas não é mudada a relação entre juventude e velhice. Então, temos de trabalhar com aquilo que a natureza nos oferece. Substituindo as partes do corpo, regenerando tudo o que é possível. E, naturalmente, tentando manter o cérebro jovem. O cérebro não envelhece precocemente. Isso quando não existem patologias, que realmente são uma desgraça.
Mas como usar o cérebro adequadamente?
Com interesse e paixão por toda a vida. Não começar aos 80 anos. Aqueles que usam o cérebro desde criança têm um cérebro mais fresco. E, por um motivo que não conhecemos, o corpo fica mais saudável. Mesmo quando existe uma patologia como o Alzheimer, aqueles que utilizaram o cérebro por toda a vida estão comparativamente melhor. Na população, em geral, é preciso estimular o uso do cérebro por toda a vida. Mudando as formas de trabalho, que devem ser sempre de formas mais intelectuais do que de esforço físico. Isso é um sonho, mas é um sonho que precisa ser realizado.
O senhor fala em seu livro sobre o diagnóstico pré-implante embrionário para selecionar os que não apresentam doenças. Isso não é uma forma de eugenia?
Isso depende de opinião. Alguns dirão que sim. Outros que não. Eu não me meto nesse tema. E como é feito antes da implantação no útero, não pode ser considerado um aborto.
O que as pessoas podem fazer para viver melhor?
Ser contentes. Comer de tudo, mas não muito. Fazer exercícios, mas não muito. E usar o cérebro sem medo de usar muito.

Especialista explica por que os alunos não gostam da escola


Leandro Quintanilha
Do UOL, em São Paulo
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    Para Daniel T. Willingham, o aprendizado tem de ser uma experiência mais envolvente
    Para Daniel T. Willingham, o aprendizado tem de ser uma experiência mais envolvente
Crianças podem se lembrar de detalhes do cenário de um jogo de videogame que conheceram no fim de semana, mas não saber do que tratava a aula a que acabaram de assistir no colégio. No livro “Por que os alunos não gostam da escola?” (Editora Campus), o cientista cognitivo americano Daniel T. Willingham dá a resposta: o aprendizado tem de ser uma experiência mais envolvente. 
Willingham, que é professor de Psicologia na Universidade de Virgínia, ressalta que o processo de aprendizado precisa de mais significado. Na prática, contexto, historinhas, brincadeiras, emoção. Veja o que ele tem a ensinar. 

Como estudante, o senhor gostava da escola?

Em geral, não gostava muito. Não era um estudante motivado. As coisas começaram a mudar no terceiro ano do ensino médio. Foi quando descobri a psicologia e fiquei muito entusiasmado para estudar o assunto. 

O senhor escreveu que o cérebro não foi concebido para pensar. Por quê?

Pensar é um processo lento, cansativo e incerto. Pense em resolver um problema – um problema matemático, como escolher um restaurante que agrade a todos em um grupo de oito pessoas. Isso toma tempo, energia, atenção e pode ser que a decisão final não seja satisfatória. Talvez, você nem chegue a uma solução. 

Qual é a participação da memória nesse processo?

Diante de um problema, tendemos a pensar se já passamos por algo semelhante antes. Se sim, nós nos perguntamos se o resultado anterior foi satisfatório, para repetir a solução usada naquela situação. Como pensar é um processo desgastante, usamos a memória para não ter que pensar de novo.

Dez maneiras de ajudar as crianças na escola

Foto 1 de 10 - Pensar é um processo lento, cansativo e incerto. Mas é possível obter prazer pensando quando se chega a um resultado bem-sucedido, como resolver um problema matemático Thinkstock

O que os professores podem fazer para tornar o aprendizado mais interessante?

No livro, argumento que é importante que os alunos realmente compreendam as perguntas para poder respondê-las. Muitas das perguntas que fazemos na escola são aplicáveis a adultos. “Por que precisamos aprender o Teorema de Pitágoras?” A importância do que é ensinado deve ser muito bem explicada aos alunos. Perguntas não são interessantes para quem não as compreende.

O senhor destaca a importância de atribuir significado ao que se ensina.

O que importa é mais fácil de lembrar. Por exemplo, um agrupamento aleatório de letras como ‘ttlceu’ é mais difícil de lembrar que uma palavra como ‘alface’. Com significado, conseguimos nos lembrar de ideias relacionadas. Isso ajuda o estudante a relacionar o que aprende ao que já sabe. Às vezes, aos próprios sentimentos. Se o aluno gosta (ou não) de alface, vai se lembrar mais facilmente da palavra.

O que mais pode favorecer a memorização?

É um processo de duas fases. A primeira parte é atribuir significado ao que se aprende e relacionar esse novo conhecimento ao que já se sabe ou já se sente. A segunda é a prática. Brinque de testar a memória. Estudos recentes indicam que isso faz muito bem. 

Preciso perguntar diretamente: afinal, por que os alunos não gostam da escola?

Apesar do título do livro, reconheço que algumas crianças gostam da escola. A verdade é que as pessoas gostam de pensar, mas desde que o pensamento seja bem-sucedido. Isto é, desde que se consiga resolver o problema em questão. É por isso que tanta gente gosta de palavras-cruzadas. Mas o jogo não pode ser fácil demais nem impossível para você. Na sala de aula, misturamos crianças com diferentes níveis de aprendizado, o que pode deixar algumas delas entediadas ou frustradas.