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Professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Ensino - Governo do Paraná

quinta-feira, 26 de abril de 2012

DF: governo suspende negociação com professores em greve


O governo do Distrito Federal (GDF) suspendeu todas as propostas feitas aos professores em greve. Em nota, o governo informou que, "diante da radicalização inaceitável do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), novas negociações só serão feitas após o fim da greve".
Nesta quinta-feira, cerca de 100 professores ocuparam o sexto andar do anexo do Palácio do Buriti, onde fica a Secretaria de Administração, para pressionar o GDF a reavaliar as contrapropostas apresentadas na última assembleia. Por volta das 14h, o GDF retirou todas as propostas, e informou que só voltaria a negociar caso os professores desocupassem o local.
O diretor do Sinpro-DF, Cássio de Oliveira Campos, disse que o fim da greve só depende do governador Agnelo Queiroz. "Isso mostra a irresponsabilidade que o governador tem em relação aos problemas da educação no DF. Ele não tem interesse em cumprir o acordo com os professores".
Segundo Campos, antes da desocupação do anexo do Palácio do Buriti, representantes do governo anunciaram que não negociariam mais com os professores. Amanhã, os professores se reunirão em assembleia para discutir os rumos da greve que já dura 46 dias.

Professores do DF mantêm greve

O governo informou que os salários de cerca de 3 mil professores grevistas terão cortes variáveis
Professores da rede pública de ensino protestaram em frente ao Palácio do Buriti / Andre Sousa Borges/Foroarena/AEProfessores da rede pública de ensino protestaram em frente ao Palácio do BuritiAndre Sousa Borges/Foroarena/AE

Os professores do Distrito Federal, que já estão parados há 45 dias, decidiram em assembleia nesta terça-feira continuar a greve. Na última sexta-feira (20), o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) considerou a greve abusiva e determinou que 80% dos professores voltassem a trabalhar. O Sinpro-DF (Sindicado dos Professores) entrou com recurso para a revisão da decisão e questionou a aplicação da multa diária de R$ 45 mil, caso o percentual de funcionários não fosse cumprido.

O GDF (governo do Distrito Federal), por meio da Secretaria de Administração Pública, informou que os salários de cerca de 3 mil professores grevistas terão cortes variáveis, de acordo com o número de faltas devido à greve.

Para a diretora da Secretaria de Imprensa do Sinpro-DF, Rosilene Correia, a decisão do governo em cortar o salário dos professores é lamentável.

“Nós veremos o que é legalmente cabível nessa situação, mas o GDF tem que saber o risco que corre para as reposições de aula. Sem os salários, os professores podem ou não repor as aulas”, disse Correia à Agência Brasil.

Ainda sobre as reposições, a diretora afirmou que, por enquanto, não há plano estruturado para compensar os dias parados. Segundo ela, somente depois do fim da greve o sindicato e o GDF deverão discutir o assunto.

A Secretaria de Educação do GDF informou que irá fiscalizar o funcionamento das escolas, conforme a a determinação judicial.

Os professores em greve pedem o cumprimento de um acordo firmado em 2011 com o governador Agnelo Queiroz, no qual se exige a equiparação da média salarial à de outras carreiras de nível superior, a contratação de profissionais aprovados no último concurso da Secretaria de Educação e a implantação de plano de saúde.
A última proposta apresentada pelo governo foi a incorporação de auxílio saúde de R$110, recusada pela categoria. Amanhã à tarde, o Sinpro-DF e o GDF se reunirão novamente.

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