Além da pauta de reivindicações desse ano, os docentes querem que o governo federal cumpra as promessas feitas no fim da paralisação realizada no ano passado.
Professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram entrar em greve a partir do dia 15 de maio. A decisão favorável pelo indicativo de greve foi tomada nesta quinta-feira (19) em uma assembleia realizada pela Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apufpr), no campus do Centro Politécnico, na qual compareceram 150 docentes da instituição. De acordo com a Apufpr, cerca de 70% dos professores aderiu à paralisação realizada nesta quinta-feira.
Os professores querem que o governo federal cumpra as promessas feitas no fim da greve realizada no ano passado– como o reajuste de 4% nos salários em março de 2012 e a reestruturação do plano de carreira dos docentes – e sustentam novas reivindicações. Para este ano, os professores, junto do movimento nacional da categoria, pedem, entre outras medidas, um reajuste salarial de 22,08%, porcentagem equivalente às perdas com a inflação nos últimos três anos, o reconhecimento de uma database para a categoria e melhoria das condições de trabalho.
Segundo Rogério Miranda Gomes, secretário-geral da Apufpr, os docentes da UFPR ainda negociam o limite de 12 horas em sala de aula para a realização de outras atividades acadêmicas. “O mínimo que o governo federal estabelece é de oito horas de trabalho e a média da universidade é de nove horas. O problema é que essa divisão é desigual, há professores com 9 horas de sala de aula e outros com 28 horas”, explica Rogério. “O ideal é que, em uma carga horária de 40 horas, o professor tenha tempo para outras atividades como a orientação de alunos em monografias, em mestrado, doutorado, preparação de aulas, pesquisa, entre outros”, exemplifica.
Neste fim de semana, representantes de sindicatos de universidades federais do Brasil, incluindo a Apufpr, se reunirão em Brasília com dirigentes da Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) para avaliar os reflexos da paralisação desta quinta-feira e as possibilidades de negociação com o governo.
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