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terça-feira, 6 de março de 2012

Governo mudará correção de redações do Enem

Uma das possibilidades é enviar textos para cinco especialistas em casos de discrepância de notas

01 de março de 2012 | 12h 09


Rafael Moraes Moura - Agência Estado
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu nesta quinta-feira que as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passem por mudanças no critério de correção, garantindo mais objetividade e segurança aos alunos. Conforme informou ontem o jornal O Estado de S.Paulo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão que cuida do Enem, discute internamente mudanças na correção das redações. Uma das possibilidades é, no caso de discrepância das notas do primeiro e do segundo corretor, a redação ser levada a uma banca com três especialistas.
"Vamos mudar os critérios de correção, porque a redação sempre tem um caráter subjetivo. Quanto menor a dispersão das notas, quanto mais objetividade e segurança nós dermos aos alunos, melhor para a valorização do Enem. Vamos alterar o critério, sim, aguardar a comissão de especialistas que está discutindo a matéria fazer uma proposta antes de bater o martelo", disse o ministro, que participou hoje do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
No ano passado, o Inep foi confrontado com processos judiciais de candidatos que criticaram as notas finais. Foi o caso de uma estudante carioca que recebeu três notas diferentes: 800 (do primeiro corretor), 0 (do segundo) e 440 (do terceiro).
"Pretendemos melhorar a realização do Enem para este ano. Para o aluno não vai ter alteração: o que vale no Enem é estudar. Estudou, passa. O que vamos aprimorar é a forma de fazer o exame para evitar as dificuldades", afirmou Mercadante. As provas do Enem 2012 estão marcadas para 3 e 4 de novembro.
Salário
Quanto ao pagamento do piso nacional dos professores, que foi reajustado para R$ 1.451 por mês, Mercadante disse que o MEC sabe das dificuldades das prefeituras garantirem o pagamento desse valor, mas afirmou que isso não pode levar ao retrocesso.
"Se quisermos ter educação de qualidade no Brasil, vamos ter de continuar recuperando o piso, para que os jovens que estão na universidade se motivem a ser professores", afirmou.

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