Uma das possibilidades é enviar textos para cinco especialistas em casos de discrepância de notas
01 de março de 2012 | 12h 09
Rafael Moraes Moura - Agência Estado
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu
nesta quinta-feira que as redações do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) passem por mudanças no critério de correção, garantindo mais
objetividade e segurança aos alunos. Conforme informou ontem o jornal O Estado de S.Paulo,
o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão
que cuida do Enem, discute internamente mudanças na correção das
redações. Uma das possibilidades é, no caso de discrepância das notas do
primeiro e do segundo corretor, a redação ser levada a uma banca com
três especialistas.
"Vamos mudar os critérios de correção, porque a redação sempre tem um
caráter subjetivo. Quanto menor a dispersão das notas, quanto mais
objetividade e segurança nós dermos aos alunos, melhor para a
valorização do Enem. Vamos alterar o critério, sim, aguardar a comissão
de especialistas que está discutindo a matéria fazer uma proposta antes
de bater o martelo", disse o ministro, que participou hoje do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
No ano passado, o Inep foi confrontado com processos judiciais de
candidatos que criticaram as notas finais. Foi o caso de uma estudante
carioca que recebeu três notas diferentes: 800 (do primeiro corretor), 0
(do segundo) e 440 (do terceiro).
"Pretendemos melhorar a realização do Enem para este ano. Para o
aluno não vai ter alteração: o que vale no Enem é estudar. Estudou,
passa. O que vamos aprimorar é a forma de fazer o exame para evitar as
dificuldades", afirmou Mercadante. As provas do Enem 2012 estão marcadas
para 3 e 4 de novembro.
Salário
Quanto ao pagamento do piso nacional dos professores, que foi
reajustado para R$ 1.451 por mês, Mercadante disse que o MEC sabe das
dificuldades das prefeituras garantirem o pagamento desse valor, mas
afirmou que isso não pode levar ao retrocesso.
"Se quisermos ter educação de qualidade no Brasil, vamos ter de
continuar recuperando o piso, para que os jovens que estão na
universidade se motivem a ser professores", afirmou.
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