Aluno relatou ao irmão que foi constrangido por ter parado de rezar.
Secretaria de Estado da Educação apura o caso.
A diretora da Escola Estadual Gertrudes Eder, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, foi afastada do cargo devido a uma denúncia de que ela obrigava os alunos a rezarem o pai-nosso antes do início das aulas, segundo a Secretaria de Estado da Educação.
O irmão do professor de história Wanderson Marçal Vieira, de 21 anos, que cursa o nono ano na escola, passou a ter problemas quando questionou a obrigatoriedade da oração. “A partir de 2010, ele rezava porque se sentia constrangido com os olhares dos colegas. No ano passado, ele passou a não rezar mais”, conta Vieira.
"Os alunos se reuniam no pátio e ficavam até que tivessem rezado de forma correta. Quando não rezavam, ou rezavam pediam para repetir”, relata.
O aluno, de 13 anos, comentou o constrangimento com Vieira, que decidiu procurar a diretora. “Ela me questionou se tinha algo contra Deus. Falei do direito nosso, dado pela Constituição, de não professar fé ou fazer qualquer coisa contra a vontade.”
Após a conversa com o irmão, a família afirma que a diretora chegou a procurar o garoto para dizer que o encaminharia para o Conselho Tutelar. “Ela o ameaçou na frente dos colegas. Ele chegou em casa muito mal e passou a fazer acompanhamento psicológico. Não sentia vontade de ir para a escola”, afirmou.
O irmão afirmou que chegou a procurar a diretoria de ensino, mas que a dirigente só foi afastada recentemente depois de ser questionada por uma equipe de reportagem. “Ele está muito feliz com a notícia [do afastamento da diretora]. Ele está ansioso para ir à escola na segunda-feira, sem medo.”
O aluno, de 13 anos, comentou o constrangimento com Vieira, que decidiu procurar a diretora. “Ela me questionou se tinha algo contra Deus. Falei do direito nosso, dado pela Constituição, de não professar fé ou fazer qualquer coisa contra a vontade.”
Após a conversa com o irmão, a família afirma que a diretora chegou a procurar o garoto para dizer que o encaminharia para o Conselho Tutelar. “Ela o ameaçou na frente dos colegas. Ele chegou em casa muito mal e passou a fazer acompanhamento psicológico. Não sentia vontade de ir para a escola”, afirmou.
O irmão afirmou que chegou a procurar a diretoria de ensino, mas que a dirigente só foi afastada recentemente depois de ser questionada por uma equipe de reportagem. “Ele está muito feliz com a notícia [do afastamento da diretora]. Ele está ansioso para ir à escola na segunda-feira, sem medo.”
Secretaria da EducaçãoA Secretaria da Educação afirmou que “não compactua com o desrespeito ao preceito constitucional da laicidade do Estado e, consequentemente, do ensino público, que acarreta, por sua vez, o desrespeito ao direito de liberdade de escolha religiosa por parte dos alunos e de seus familiares”. O afastamento da diretora foi preventivo, segundo a pasta.
A secretaria instaurou uma apuração preliminar para “avaliar as medidas disciplinares que deverão ser tomadas na forma da lei” e determinou o fim “das práticas impróprias adotadas pela direção da Escola Estadual Gertrudes Eder”.
A secretaria instaurou uma apuração preliminar para “avaliar as medidas disciplinares que deverão ser tomadas na forma da lei” e determinou o fim “das práticas impróprias adotadas pela direção da Escola Estadual Gertrudes Eder”.
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