Três convidados discutiram com os universitários sobre equilíbrio do tempo entre o mundo real e o virtual e como agir nas redes sociais.
Os três especialistas convidados para o mais recente Papo Universitário, que aconteceu na noite desta segunda-feira (7) no Teatro Paiol, concordam: Não dá para ficar desconectado das redes sociais. Mas é unânime outra constatação: Não dá para atuar nas redes sociais sem bom senso.
Marco Andre Lima/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Com o título “O timing nosso de cada dia”, o evento promovido pela Gazeta do Povo reuniu principalmente universitários interessados em como equilibrar o tempo entre o mundo virtual e o real, administrar a própria marca na internet e aprimorar a rede de contatos profissionais pela internet
Com o título “O timing nosso de cada dia”, o evento promovido pela Gazeta do Povo reuniu principalmente universitários interessados em como equilibrar o tempo entre o mundo virtual e o real, administrar a própria marca na internet e aprimorar a rede de contatos profissionais pela internet.
Segundo um dos convidados, Raphael Mendes, autor do blog Bobagento, um dos sites mais acessados no Brasil, a interação com o público permitiu falar de assuntos bem diferentes, mas a conclusão foi que é importante gerenciar o conteúdo que cada um divulga e que é preciso investir em conhecimento.
Alexander Baer, consultor de carreira e palestrante com atuação nas áreas de Planejamento Estratégico, Cultura e Gestão Estratégica, afirmou que as redes sociais são a bola de cristal do mercado e que muito se investe na carreira, com universidade, cursos de pós-graduação, mas que não se divulga isso.
“O Chacrinha já dizia que quem não se comunica se trumbica. Você tem de pensar que não tem dois ou três concorrentes em Curitiba, mas concorrentes pelo mundo todo. As pessoas entram na rede social, mas não a alimentam. Ou falam de tudo, do churrasco, da festa, mas conteúdo para as empresas te acharem não tem nada”, diz.
Respondendo a pergunta de um participante, Baer diz que o site LinkedIn está crescendo muito e que vale a pena investir nessa ferramenta, desde que a deixe atualizada. “São cem milhões de pessoas cadastradas e se relacionando direta ou indiretamente. Então é uma ferramenta maravilhosa, mas tem de estar lá o tempo todo, participar de grupos de discussão, por exemplo. E não ficar falando ‘bobageira’, ou sua imagem vai para as cucuias."
Na sequência o terceiro convidado, André Telles, especialista em marketing digital, CEO da agência digital Mentes Digitais e autor dos livros “Orkut.com” e “Geração Digital” fala que não adianta colocar o estagiário ou o menino que mexe no Orkut para cuidar do setor de redes sociais de uma empresa e que quem trabalha com isso tem de estar conectado o tempo todo, diferente do que acontece com os usuários normais. “Como empresa a gente se vê obrigado a estar conectado um tempo muito grande na internet, mas os usuários têm de praticar o ‘nadismo’, desconectar um tempo, passar um tempo descansando fora das telas”, diz.
Tempo conectado
Raphael respondeu a pergunta da mãe de um adolescente de 15 anos, que se disse preocupada com o tempo que o filho passa conectado. Segundo Raphael, se o jovem deixa de ir para a escola ou deixa de fazer qualquer coisa para ficar na internet isso pode, sim ser preocupante.
"A internet virou uma opção de entretenimento, quando a pessoa está ociosa, quer procurar algo para se distrair. Se nessa busca a internet não atrapalha os estudos ou o trabalho, não tem problema", diz Raphael.
Falando sobre a falha de não se ter bom senso ao publicar em redes sociais, Raphael contou a história de um colega que estava desempregado há algum tempo, intercalava no Twitter a publicação do próprio currículo com discussões, cantadas a garotas e até um vídeo onde fumava maconha.
André pegou carona e diz que as pessoas aprenderam muito com o Orkut, e que hoje não se vê mais gente segurando latinha de cerveja no perfil, ou falando mal do chefe em comunidade. Raphael discordou, e diz que algumas coisas se repetem no Facebook cada vez mais. “Estamos vendo coisas que existiam no Orkut, como aquelas imagens piscando com glitter.”
Redes sociais no horário de trabalho
Em mais uma participação, espectador pergunta se o uso da internet dentro das empresas tem legislação específica. Os convidados respondem que o que há são códigos de conduta, que no momento estão sendo elaborados pelas empresas.
André diz que é contra bloqueio, pois as pessoas sabem burlar isso e às vezes o colaborador quer ver o Facebook por 30 segundos para ver uma mensagem da namorada, da esposa, e não pode. “Isso cerceia a liberdade que a pessoa tem, é como trabalhar na China”, afirma.
Pergunta virtual
Um leitor que acompanhava o evento pelo Twitter perguntou quanto tempo uma empresa tem de estar aberta na internet. André respondeu que no Brasil não tem contrato ou valor específico para que o funcionário possa ficar disponível na internet. Então, no país, o que acontece hoje é o site da empresa funcionando no horário comercial e ficando fora, desconectado, durante o fim de semana.
Adiciono o chefe?
Da plateia, um participante chamado Mateus perguntou ao Baer se a pessoa deve adicionar a empresa onde trabalha, o chefe e colegas de trabalho nas redes sociais quando entra em um emprego novo. O convidado respondeu que é preciso cuidado, o tempo todo. “Você está falando da sua marca, da sua imagem, e em qualquer rede social é fundamental colocar a empresa onde você está. Adicionar pessoas é bom, mas é legal fazer uma pequena pesquisa de percepção. Se você vê que o ambiente é legal, não tem problema. Mas saiba que se coloca algo errado no face, eles vão saber, e isso pode trazer prejuízo na segunda-feira de manhã”, afirma.
VIDA E CIDADANIA | 3:01
Papo Universitário debate equilíbrio entre o virtual e o real
Com o título “O timing nosso de cada dia”, evento reuniu especialistas e público interessado em debater como equilibrar o tempo entre o mundo virtual e o real, administrar a própria marca na internet e aprimorar a rede de contatos profissionais pela web.
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