Artistas paranaenses, que estão expondo em outros países, dizem que a oportunidade reflete o interesse internacional pela arte brasileira.
Simultaneamente, sete artistas paranaenses tiveram a oportunidade, no último fim de semana, de apresentar seus trabalhos no exterior – na cidade do Porto, em Portugal, e em três cidades dos Estados Unidos. Essa movimentação das artes visuais locais lá fora, segundo os profissionais, abre não só a possibilidade comercial (com a venda de obras) como mostra que o mundo vem prestando atenção na produção de arte brasileira.
Divulgação
Desenhos de José Antonio de Lima estarão na Bela Bienal, na cidade do Porto, em Portugal: possibilidade de deixar uma marca no exterior e gerar continuidade
Contemporâneos
Bela Bienal reúne obras de mais de 100 artistas
Trabalhos da Finlândia, Dinamarca, Suécia e Brasil estão reunidos na 1ª edição da Bela Bienal – Bienal de Arte Conte mporânea Europeia e Latino-americana, na cidade do Porto, em Portugal, que começou sábado. A intenção do curador Edson Cardoso é mostrar que o nível criativo dos dois continentes está em um patamar semelhante.
Eliane Moreira, Eliane Prolik, José Antonio de Lima, Juliane Fuganti, Laura Miranda e Lauro Borges são os representantes do estado na Bela Bienal – Bienal de Arte Contemporânea Europeia e Latino-Americana, que começou no último sábado na cidade do Porto. É a primeira edição da mostra, que tem curadoria de Edson Cardoso, um brasileiro que trabalha com arte e vive na Finlândia – para onde já levou, inclusive, uma exposição do acervo do Museu Oscar Niemeyer.
José Antonio de Lima, que desde 2002 expõe no exterior, acredita que o artista tem várias formas de ganho. “A minha primeira mostra foi em Berlim, uma parceria do Museu de Arte Contemporânea. Foi algo muito animador, e isso contribuiu para continuar. A gente vai difundindo o trabalho e deixa uma marca, mesmo que pequena. É como um produto. Temos de nos tornar conhecidos para que mais coisas aconteçam.” Para esse ano, o artista tem programadas mais duas exposições: uma na Finlândia (na galeria do curador da bienal) e outra em setembro, em Frankfurt (Alemanha).
A curitibana Eliane Prolik ressalta que a possibilidade de levar sua obra para outros países (ela já participou de mais de 20 mostras na França, Japão, Argentina, Chile, Estados Unidos, entre outros) sempre gera uma troca entre várias vertentes artísticas. Eliane também acredita que esses convites e contatos dos paranaenses no exterior é algo que se estende para a arte brasileira, mas que os artistas locais encontram mais dificuldade. “Para quem vive em São Paulo e no Rio de Janeiro há uma facilidade maior. Aqui no Paraná ficamos mais isolados de certas informações.”
Performance
No mesmo dia da abertura da Bela Bienal, o artista Fernando Ribeiro, que vive e trabalha em Curitiba, desembarcou em Chicago, nos Estados Unidos, para iniciar uma temporada de performance art no país. Até 28 de abril, Ribeiro faz apresentações também em Boston e Nova York, que serão realizadas, respectivamente, nas galerias Defibrillator, Mobius e Grace Exhibition Space. A viagem foi viabilizada por conta da aprovação de um projeto no Edital de Circulação Nacional e Internacional da Fundação Cultural de Curitiba – o incentivo cobre as passagens aéreas, e as galerias que convidaram o artista pagam os custos com hospedagem e alimentação.
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