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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Berço dos deuses


Marcio Antonio Campos/ Gazeta do Povo / Sítio arqueológico de Teotihuacan, a 40 km da Cidade do México , merece um dia inteiro de visitaçãoSítio arqueológico de Teotihuacan, a 40 km da Cidade do México , merece um dia inteiro de visitação
MÉXICO

Berço dos deuses

As ruínas de Teotihuacán, perto da Cidade do México, eram reverenciadas pelos astecas como o local de nascimento do Sol.
Se hoje ficamos impressionados ao contemplar o que sobrou das civilizações pré-colombianas, é difícil imaginar o que os próprios astecas sentiram quando encontraram a monumental Teotihuacán, algumas dezenas de quilômetros a nordeste de sua capital, Tenochtitlan, atual Cidade do México. O local já estava abandonado havia séculos e, para os astecas, Teotihuacán era bem mais que um mero complexo de edifícios gigantescos deixados por um antigo império: era um local místico, talvez o mais importante deles: ali, acreditavam, havia surgido o Quinto Sol, que governava a era em que viviam.
Manual de uso
Confira algumas dicas para aproveitar melhor a visita à capital mexicana
Tempo de passeio – Muitos hotéis e agências de turismo na Cidade do México oferecem passeios de um dia inteiro que combinam Teotihuacán com o complexo da Basílica de Guadalupe e a Praça das Três Culturas, ambas no norte da capital mexicana. Mas o tempo é reduzido para conhecer as ruínas.
Como chegar – Quem pretende passar o dia todo no sítio arqueológico (e vale a pena) pode ir por conta própria. Os ônibus saem a cada 15 minutos da estação rodoviária Autobuses del Norte – acesso pela linha 5 do metrô. É preciso pedir uma passagem para Pirámides (cuidado: um bilhete para Teotihuacán leva até a vila de San Juan de Teotihuacán, e não às ruínas), e o ônibus deixa o visitante na porta 1. Para voltar à Cidade do México, basta esperar os ônibus nas saídas 2 ou 3. Motoristas com carro próprio podem usar qualquer uma das entradas, pois há estacionamento (pago) em todas elas.
O que levar – É preciso ter protetor solar, água e comida, já que o único lugar para almoçar dentro do sítio arqueológico fica logo na entrada 1. Lá dentro, alguns vendedores têm bebidas, salgadinhos e doces.
Vendedores – O assédio de vendedores é agressivo. São oferecidos objetos em prata e obsidiana, uma pedra vulcânica que os povos pré-colombianos usavam para praticamente tudo – as ferramentas usadas para esculpir, por exemplo, eram de obsidiana, e não de metal –, além de outros itens de artesanato. A dica é seguir caminhando, sempre entoando um “no, gracias”. Alguns começam, por conta própria, a explicar no que consistem as ruínas. O falatório termina com a oferta de mais um produto. Há muita margem para pechincha e os vendedores só aceitam dinheiro. Os artesãos credenciados pelo Inah (o equivalente mexicano do Iphan) são os mais indicados.
Resistência – Teotihuacán está 2.160 metros acima do nível do mar. A altitude exige caminhadas lentas para manter o fôlego, especialmente na hora de subir as escadarias das duas pirâmides principais.
Retorno – Na volta à Cidade do México por ônibus de linha, policiais costumam parar o veículo assim que ele entra na autoestrada e revistar todos os passageiros – os homens são obrigados a sair do ônibus. Esse é um procedimento de rotina.
Mais história
Confira outros locais na capital do país onde é possível conhecer o México pré-colombiano.
Templo Mayor
No coração da cidade, as ruínas do maior edifício da capital asteca foram descobertas em 1978, durante obras da companhia elétrica. Hoje sobraram as bases dos sucessivos templos que os monarcas astecas costumavam construir sobre a edificação anterior. O segundo estágio, erguido entre 1325 e 1427, está mais inteiro, com um chac-mool (um tipo de estátua ritual) e a pedra onde se realizavam sacrifícios humanos. Um museu abriga a pedra circular de Coyolxauhqui e mostra como era o dia a dia em Tenochtitlan. De terça a domingo, das 9 às 17 horas. Entrada: 57 pesos.
Museu Nacional de Antropologia
Dentro do Bosque de Chapultepec, vale um dia inteiro de visitação. Sem esse tempo disponível, melhor ignorar o andar de cima e priorizar as salas dos maias, toltecas e astecas para conhecer a história dos principais povos que habitaram o México antes da chegada dos espanhóis. A sala asteca inclui a famosa Pedra do Sol, também chamada de “calendário asteca” – apesar de a teoria mais aceita hoje indicar seu uso na posição horizontal, como base para lutas rituais, e não para acompanhar a passagem do tempo. Do lado de fora do museu, os Voadores repetem um ritual para atrair chuvas. De terça a domingo, das 9 às 19 horas. Entrada: 57 pesos.
Xochimilco
O bairro em si é desanimador, mas a visita se justifica pelo passeio de trajinera, um barco multicolorido que percorre os canais que um dia cortavam toda a capital asteca e só foram preservados no sul da Cidade do México, tendo sido declarados Patrimônio da Humanidade em 1987. É possível conhecer o sistema de chinampas, ilhas artificiais que os astecas usavam para ampliar o espaço para a agricultura. Passear de trajinera aos sábados é um programa tradicional das famílias mexicanas, retratado no filme Frida. O passeio custa 350 pesos por hora – o valor é referente ao percurso, e não por pessoa, então é possível economizar se o embarque for em grupo. Alguns barqueiros tentarão cobrar mais pela hora, ou reduzir a duração do passeio pelos mesmos 350 pesos, mas basta apontar para o preço oficial, que está bem visível em todos os ancoradouros do bairro.
Ninguém sabe como os moradores de Teotihuacán chamavam sua cidade – o nome do sítio arqueológico foi dado pelos astecas, e significa “lugar onde nasceram os deuses”. Fundada por volta do ano 100 a.C., o conjunto chegou a ser a maior cidade das Américas e uma das maiores da Antiguidade, com estimados 125 mil habitantes em seu auge, no século 5.º d.C. Até que, entre os séculos 8.º e 9.º, a população abandonou a área. Há diversas hipóteses para esse colapso, como fome provocada por uma seca, ataques externos, revoltas internas ou uma combinação desses fatores. Hoje, as ruínas da cidade antiga são domi­nadas por turistas, que escalam pirâmides para conhecer mais sobre a arquitetura e o misticismo dos povos antigos.
Daquilo que os teotihuacanos deixaram para trás com a decadência da cidade, muita coisa sobreviveu até a época atual. O passeio pelo sítio arqueológico começa pela Pirâmide da Serpente Emplumada, a única que os visitantes não podem subir. Com relevos dos deuses Quetzalcoatl (a “serpente emplumada”) e Tlaloc (deus da chuva), a construção domina a área da Cidadela, onde morava a elite da cidade. A partir dali, só existe um caminho: seguir Avenida dos Mortos acima.
A pouco mais de um quilômetro da Cidadela está a Pirâmide do Sol, construída entre os anos 1 e 150 d.C. O maior edifício de Teotihuacán, com 63,5 metros de altura, pode ser escalado até o topo, com áreas de descanso entre séries de degraus – a subida parece ser a atividade preferida de todo visitante do sítio arqueológico. Perto da pirâmide existe um museu, em um prédio moderno, com artefatos que ajudam a reconstituir o que se sabe sobre o cotidiano dos teotihuacanos.
A segunda metade da Avenida dos Mortos é dominada pelas construções em forma de talud-tablero (estilo arquitetônico que combina plataformas superpostas com painéis na diagonal, às vezes com escadarias), que vão margeando a rua e motivaram seu nome: os astecas julgavam, erroneamente, que havia pessoas enterradas sob as estruturas – hoje sabe-se que as construções eram usadas como templos. No fim da avenida está a Pirâmide da Lua, que pode ser escalada até uma plataforma de onde se tem uma vista privilegiada da Avenida dos Mortos, da Pirâmide do Sol e da Praça da Lua.
A oeste da Pirâmide da Lua está um labirinto de salas que forma três palácios: o de Quetzalpapalotl (“mariposa emplumada”), o dos Jaguares e o do Caracol Emplumado. O complexo guarda uma série de murais que conservaram um pouco de sua cor original e relevos em pedra, que também já foram coloridos no passado. Jaguares, aves, caracóis e outros seres mitológicos habitam as paredes, revelando pistas sobre a riqueza artística de uma civilização que serviu de inspiração para muitos outros povos no México.
Serviço
Sítio arqueológico de Teotihuacán 40 km a nordeste da Cidade do México. Aberto diariamente, das 9 às 17 horas. Entrada: 57 pesos.

Pacotaria:
Cidade do México
Cinco noites de hospedagem com café da manhã. Com visita à Basílica de Guadalupe e Teotihuacán. Inclui traslados, city tour, assistência viagem. Somente parte terrestre. A partir de US$ 338 por pessoa. Na Maktour, informações no site www.maktour.com.br
Seis noites de hospedagem com café da manhã. Inclui aéreo, com saída de Curitiba, visitas à Teotihuacán, San Miguel de Allende, Guanajuato, Zacatecas e Guadalajara, traslados e seguro. Saídas às quintas-feiras. A partir de US$ 2.707 por pessoa, em apartamento duplo. Na Nascimento Turismo, informações e reservas no fone 0800 774 1110 ou no site www.nascimento.com.br
Seis noites de hospedagem com café da manhã, com aéreos, saídas de Curitiba, traslados, tour pela Basílica de Guadalupe, Teotihuacán, Xochimilco, Cuernavaca Taxco com almoço e Cholula e Puebla com almoço. A partir de US$ 1.315 por pessoa em apartamento duplo, pela BWT Operadora. Informações no site www.bwtoperadora.com.br ou pelo fone (41) 3888-3499.
Sete noites de hospedagem com café da manhã, com passagens aéreas, saídas de Curitiba de 10 a 30 de novembro. Inclui traslados, dois almoços, visita panorâmica em Cidade do México, Cuernavaca, Taxco e Acapulco, visita às Pirâmides Teotihuacán e a Basílica de Guadalupe, guia acompanhante em espanhol. A partir de US$ 1.889 por pessoa, em apartamento duplo. Pela New Line Operadora. Informações e reservas 0800-600-2524 ou no site www.newline.tur.br
Cinco noites de hospedagem com café da manhã, com passagens aéreas e saída de São Paulo até 30 de novembro, traslados, um almoço, visita panorâmica pela Cidade do México incluindo o Museu de Antropologia, Pirâmides de Teotihuacán e a Basílica de Guadalupe, guia em espanhol, transporte em micro-ônibus. A partir de US$ 1.249 por pessoa em apartamento duplo. Pela New Line Operadora. Informações e reservas 0800-606-2524 ou no site www.newline.tur.br
Seis noites de hospedagem com café da manhã, aéreo a partir de São Paulo, até 30 de novembro, com traslados, transporte em micro-ônibus, três almoços e um jantar, visitas panorâmicas na Cidade do México, Cuernavaca, Taxco, Cholula e Puebla, Pirâmides de Teotihuacán e a Basílica de Guadalupe, Coyocan e Xochimilco, guia em espanhol. A partir de US$ 1.639 por pessoa, em apartamento duplo. Pela New Line Operadora. Informações e reservas pelo fone 0800-606-2524 ou no site www.newline.tur.br
Sete noites de hospedagem com café da manhã, com aéreo a partir de São Paulo. Inclui traslados e city tour. A partir de US$ 1.078 por pessoa, em apartamento duplo. Pela CVC. Informações no sitewww.cvc.com.br ou pelo fone (41) 2109-1701.

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