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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Falta de docentes atinge cidade modelo em ensino


Jonathan Campos/Gazeta do Povo  / Maria Aparecida da Costa, com os colegas do curso de Letras: chance de voltar a ser alunaMaria Aparecida da Costa, com os colegas do curso de Letras: chance de voltar a ser aluna
EDUCAÇÃO INTEGRAL

Falta de docentes atinge cidade modelo em ensino

Faculdade municipal ajudou a diminuir déficit, mas está prestes a fechar.
O modelo de gestão em educação que destaca a cidade de Apucarana, no Norte do Paraná, também padece de um mal que afeta o Brasil inteiro: a insuficiência na quantidade de professores. A edição de ontem da Gazeta do Povo mostrou as estratégias adotadas no município e os resultados alcançados. Com a implantação do ensino em tempo integral, há 11 anos, a demanda por docentes aumentou.
O ano letivo começou com déficit de profissionais em sala de aula. A prefeitura fez concurso público em 2012 para 150 vagas, mas apenas 26 professores foram aprovados. De acordo com presidente da Autarquia Municipal de Educação, Suzimara Carvalho de Almeida Lima, o nível das provas de seleção estava muito alto. Na segunda seleção realizada, 126 professores foram aprovados. “Não que as escolas estivessem sem professores, mas eles precisavam dobrar o padrão para cumprir os dois turnos”, explica.
Fila nas creches
Falta de vagas em creches também é uma dificuldade em Apucarana, embora em proporção bem menor do que Curitiba, por exemplo. São 296 alunos na fila de espera. De acordo com a presidente da Autarquia Municipal de Educação, Suzimara Carvalho de Almeida Lima, um Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) deve ser entregue até o final do ano, outras duas unidades estão em fase de acabamento e há mais dois projetos de construção para serem aprovados. As novas estruturas devem dar conta de atender as crianças sem vaga.
85% dos professores da rede municipal de educação de Apucarana têm formação superior.
Uma saída para suprir a falta de professores foi oferecer opções de graduação para formar profissionais. A Faculdade Apucarana Ci­dade Educação (Faced), inaugurada em 2009, conta com quatro cursos de licenciatura: Letras Inglês, Letras Espanhol, Pedagogia e Filosofia.
Por causa do alto custo para a manutenção e da urgência em criá-la, a prefeitura optou por instalar a faculdade municipal no mesmo prédio em que funcionam escolas. Durante o dia parte da estrutura é destinada aos alunos do ensino fundamental e à noite o espaço é para as aulas de graduação.
Mesmo com uma estrutura simples e precária, o alto custo – são R$ 500 mil por ano só com despesa de corpo docente – levou a prefeitura a decidir pelo fechamento da faculdade. Segundo a responsável administrativa e financeira da Faced, Maria Aparecida Rebouças dos Santos, todos os alunos que ingressaram poderão concluir o curso, porém não haverá mais vestibulares.
Maria Aparecida da Costa entrou na primeira turma do curso de Letras. Ela é professora da rede municipal há 15 anos e estava em sala de aula apenas com a formação em magistério. Quando viu a possibilidade de ter um curso superior em uma faculdade pública e sem sair da sua cidade, resolveu se dedicar. “Peguei toda a implantação da educação integral e sabia muito bem como era na prática. Só faltava a teoria”. Existem outras quatro instituições de ensino superior na cidade, além de um pólo da Universidade Aberta do Brasil, que oferece ensino a distância. Entretanto nem todas são gratuitas ou têm cursos que formam professores.

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