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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Filmes nacionais que querem ser vistos


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Divulgação / Gonzaga, de Pai para Filho foi um dos filmes do Projeta Brasil.Gonzaga, de Pai para Filho foi um dos filmes do Projeta Brasil.
Não é somente impressão, mas algo constatado em dados: O Brasil recebe mal os seus filmes. Um dos maiores portais cinematográficos do país, o Filme B, que realiza levantamentos constantes sobre o mercado contata que os maiores faturamentos de bilheteria, por exemplo, vão sempre para produções estrangeiras, principalmente os blockbusters.
Mas, algumas medidas dão a entender que, se incentivado, o brasileiro assiste e gosta das produções nacionais. Um exemplo disso é a iniciativaProjeta Brasil, da rede exibidora Cinemark. Nasegunda-feira (12), filmes nacionais tomaram a programação do Cinemark, com ingresso único de R$ 3. Segundo o Cinemark, 155 mil espectadores estiveram nos 58 complexos, um aumento de 17,24% em relação ao ano passado.
Em Curitiba, a procura foi grande: a sessão de Gonzaga, de Pai para Filho do início da noite, ficou praticamente lotada. No final, o filme foi muito aplaudido e comentado pelos presentes.
Pelo o que pude perceber na fila e na quantidade de pessoas no cinema, as outras sessões também tiveram uma lotação expressiva.
A iniciativa do Cinemark é louvável, mas ainda pontual: afinal, a rede realiza o projeto somente uma vez ao ano, e é a única a fazer algo do tipo. Talvez, a sala cheia e o público crescente seja sinal de que é preciso discutir a necessidade de subsídio à exibição do cinema nacional, algo que já acontece em vários países europeus, por exemplo. Com preços mais acessíveis e atraentes, a plateia passaria a observar a evolução das produções brasileiras, e se livrar do preconceito em relação aos filmes nacionais.
Apesar de bons títulos, os longas-metragens disponíveis no Projeta Brasil ainda são limitados. A maioria deles são comédias que já têm levado um público bastante expressivo aos cinemas. Talvez, fosse a hora de incluir mais filmes que têm qualidade, que fazem sucesso em festivais de cinema, por exemplo, mas que encontram uma dificuldade enorme de distribuição posteriormente.
Outra observação que parece banal, mas que é um desrespeito com o consumidor, era o preço da pipoca. Assim como o ingresso mais barato, a pipoca neste dia para quem via filmes do Projeta Brasil era R$ 4. Porém, os atendentes vendiam a pipoca "normal" do complexo, cujo valor mais barato é de quase R$ 7. Quem conseguiu o valor mais em conta foi quem questionou ou estava bem informado. Se fosse pelos atendentes, a maioria pagaria - e pagou - o preço mais caro.

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