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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Consórcio paralisa obras de Belo Monte


Rio de Janeiro - O consórcio responsável pela construção da polêmica hidrelétrica de Belo Monte, no meio da Amazônia, anunciou nesta segunda-feira a suspensão provisória das obras por motivos de segurança, após supostos atos de vandalismos registrados nos últimos dois dias.
O consórcio informou em comunicado que paralisou as obras em todas a frentes de trabalho, pelo menos nesta segunda-feira, para preservar a integridade física de seus quase 12 mil trabalhadores após os ataques ocorridos no sábado e no domingo, que deixaram sete feridos e várias instalações destruídas.
Os ataques ocorreram em Canais e Diques, Belo Monte e Pimentel, como são conhecidas as três frentes de trabalho da hidrelétrica que será a terceira maior do mundo. Segundo o comunicado, os ataques foram perpetrados por 20 homens encapuzados em cada local.
"Em uma ação orquestrada, foram depredadas instalações dos refeitórios, alojamentos, áreas de descanso, oficinas e escritórios. Em Belo Monte, os depredadores se apoderaram de caminhões e bloquearam a estrada Transamazônica, impedindo o acesso às frentes de trabalho e impossibilitaram a evacuação dos empregados que estavam nos alojamentos", assegura a nota.
Além disso, também foram incendiados ônibus, um restaurante, tendas de campanha e colchões, disse a empresa.
O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) informou que denunciou os atos de violência e vandalismo perante os órgãos de segurança, para que os responsáveis sejam identificados e punidos.
O consórcio tinha divulgado um primeiro comunicado no qual denunciava que o ataque de sábado tinham sido realizados por 30 homens encapuzados e armados com pedaços de madeira na frente de trabalho de Pimentel, onde está sendo construída uma pequena represa provisória para desviar as águas do rio Xingu.
Segundo a empresa, os ataques ocorrem em meio às negociações com os sindicatos para definir o novo acordo coletivo de trabalho, que passará a valer no final deste ano e que inclui cláusulas sobre reajuste salarial e contratação de mais empregados no próximo ano.
O consórcio prevê que a obra chegará a seu auge em 2013, quando necessitará de cerca de 23 mil trabalhadores.
Entre outras reivindicações, os trabalhadores pedem autorização para ir visitar suas famílias a cada três meses ao invés dos atuais seis meses, e que seja triplicada a ajuda atual para a alimentação.
Os ataques impediram que acontecesse uma assembleia, no sábado, em Pimentel, onde os trabalhadores decidiriam sobre a proposta da empresa para o novo acordo coletivo. O grupo destruiu instalações e objetos como computadores, mesas, cadeiras e arquivos, além de incendiar uma cozinha.
A empresa acusou os "vândalos" de saquearem os produtos que estavam em uma farmácia e um restaurante, além do furto de dinheiro que estava nas caixas registradoras.
A nova suspensão da obra aconteceu depois que um protesto de índios e pescadores paralisasse, durante dez dias, as obras em um das frentes de trabalho no início de outubro.
Belo Monte, cujas obras também foram paralisadas em outras ocasiões por decisões judiciais, começou a ser construída em março do ano passado na cidade de Altamira, no estado do Pará.
O projeto, que tem como finalidade a produção máxima de 11.233 megawatts de geração elétrica nas épocas de cheia do Rio Xingu, gerou protestos de tribos indígenas e de movimentos ecológicos, que alegam que a obra terá um impacto irreversível na Amazônia.

O CCBM informou ainda que formalizou registro dos atos de violência e vandalismo junto aos órgãos de segurança do Estado do Pará.
Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), empresa responsável pelas obras civis da Usina Hidrelétrica Belo Monte, informou que foram paralisadas, nesta segunda-feira (12), as atividades nos canteiros de obras da usina, após os sítios Belo Monte, Canais e Diques e Pimental terem sido alvo de vandalismo no último domingo(11).O CCBM informou ainda que formalizou registro dos atos de violência e vandalismo junto aos órgãos de segurança do Estado do Pará, para identificação e punição dos responsáveis.
De acordo com o CCBM, em cada uma das frentes de obras, grupos formados por cerca de 20 pessoas deram início a uma série de depredações. Foram destruídas instalações de refeitórios, alojamentos, áreas de lazer, escritórios e oficinas.
"No Sítio Belo Monte, os depredadores apoderaram-se de caminhões e outros equipamentos e fizeram ainda um bloqueio na Rodovia Transamazônica, impedindo o acesso aos canteiros de obras e impossibilitando a imediata retirada dos funcionários alojados para acomodações em hotéis de Altamira (PA)", disse o consórcio, em nota.
Segundo a empresa, também neste local, o grupo esvaziou extintores de incêndio dos alojamentos, depredou cinco condomínios e ateou fogo em um ônibus, na lanchonete, em colchões dos colchões, deixando sete pessoas feridas.

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