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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Na reta final, ainda há tempo para evitar a reprovação.


Antônio More/Gazeta do Povo / Sofia Winiarski, 8 anos, faz aulas de Kumon e melhorou o desempenho em MatemáticaSofia Winiarski, 8 anos, faz aulas de Kumon e melhorou o desempenho em Matemática
AULAS DE REFORÇO

Na reta final, ainda há tempo para evitar a reprovação.

A um mês para o fim do ano letivo, o risco de reprovação leva alguns pais a ficarem mais preocupados com o desempenho escolar dos filhos. Apesar do pouco tempo, nem tudo está perdido. Especialistas garantem que ainda dá para recuperar a nota, embora seja uma tarefa que requer foco e esforço diário.
Geralmente, o resultado da criança é baixo em uma ou duas disciplinas e em conteúdos específicos delas. Por isso, a família precisa descobrir onde está o ponto fraco para resolvê-lo. Existem duas saídas: contratar um professor de reforço ou empenhar a família para reverter o quadro.
Para casa
Confira cinco dicas que os pais podem seguir para ajudar o filho a recuperar a nota:
- Reduzir o tempo de televisão e videogame para, no máximo, uma hora por dia. Se a nota estiver muito baixa, o ideal é cortar isso até acabarem as provas.
- Pedir que a criança repita o que aprendeu com suas palavras, como forma de memorizar.
- Se for o caso, deixar o irmão mais velho ajudar nas tarefas e no estudo. Cuidado para não haver sensação de inferioridade.
- Proponha outras leituras além do conteúdo que o aluno precisa recuperar. Elas servirão como estímulo para o cérebro.
- Incentive-o a anotar, sublinhar e destacar o que está lendo. Para ajudar, pode recortar informações e grudá-las na parede do quarto.
Fontes: Claudia Martins de Souza (Colégio Marista Paranaense), Leziany Silveira Daniel (UFPR) e Ermelinda Thomascheski (PUCPR).
No primeiro caso, um professor particular ensinará, em média duas vezes por semana, o conteúdo cobrado na prova final. “Às vezes a criança não consegue aprender algo com um professor específico, com seu jeito de ensinar. Por isso, procurar outro pode ser bom e trazer resultado, inclusive porque o aluno terá um tempo só pra ele”, diz a professora do Departamento de Educação da Universidade Federal do Paraná Leziany Silveira Daniel.
Algumas escolas até oferecem reforço em horário de contraturno ou em paralelo com os horários de aula, já que as provas de recuperação costumam ser feitas a cada bimestre ou trimestre. No Colégio Marista Paraense, por exemplo, professores tiram dúvidas e dão orientações aos alunos à tarde.
Família
Por outro lado, os pais também podem ajudar o filho a escapar da reprovação. Professora da Escola de Educação e Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Ermelinda Thomascheski explica que não se deve jogar toda a culpa pelo mau desempenho na criança, pois isso pode deixá-la mais insegura e comprometer o resultado final.
É preciso fazer um cronograma de estudos e reservar de uma a duas horas diárias para focar no conteúdo que tem dificuldade. “É bacana que pai e mãe façam algumas perguntas contextualizadas sobre o conteúdo em outros horários, como jantar, almoço ou passeio, pois assim a criança memoriza sem perceber e descobre na prática a importância de aprender aquilo”, diz Ermelinda.
A família que não prestou atenção no desempenho do filho e deixou para procurar ajuda na última hora pode usar a lição para evitar o mesmo erro no ano que vem. A publicitária Poliana Winiarski percebeu que a filha Sofia, 8 anos, não dominava o conteúdo de Matemática. Para evitar que ela tivesse um mau desempenho, resolveu prevenir. Matriculou a menina em aulas de reforço do método Kumon e, em pouco tempo, percebeu o resultado. “Agora ela vai muito bem, inclusive em Português. Não fica em recuperação e até ajuda os coleguinhas na tarefa”, conta.
Perfil
Professor particular faz “milagres”
Elisabeth Maria Adriano, 64 anos, é professora de Matemática há 41. Trabalhou a maior parte do tempo no Colégio Estadual do Paraná e foi com os alunos de lá, depois de se aposentar, que deu início à carreira de professora particular de reforço.
Durante o ano, principalmente no 4º bimestre, alunos e pais batem à sua porta pedindo ajuda para recuperar notas baixas. Ela, como boa professora, sabe que um mau resultado no começo do ano precisa ser recuperado naquela época e que é arriscado – e ruim do ponto de vista pedagógico – procurar reforço só quando a corda aperta de verdade.
Mesmo assim, ela opera milagres. Conseguiu reverter, por exemplo, uma nota de 1,9 para 9. A fórmula é simples e apontada pelos especialistas como a melhor solução contra o mau desempenho: dar atenção à criança na hora que ela faz a tarefa, fazer com que ela refaça os exercícios e ensinar com calma, sem cobrar resultados de um dia para o outro. “Descubro aos poucos o que eles não sabem e aí foco em cima daquilo”, comenta.
Mas, o trabalho dela – e de todos os professores de reforço – pode render mais se a família do estudante tomar uma medida simples: pedir à escola os pontos em que o aluno foi mal durante o ano.

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